O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA

O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA
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21210-000 - Rio de Janeiro - RJ
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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ OLHAR NOVO!

FELIZ OLHAR NOVO!
Carlos Drummond de Andrade


O grande barato da vida é olhar para trás
e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento
como se a receita da felicidade fosse o
AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças.
É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais...
Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos
uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Tá certo, eu sei, Polyanna é personagem de ficção e hiena come porcaria e ri, eu sei.
Não quero ser cego, burro ou dissimulado.
Quero viver bem.
2010 foi cheio de coisas boas e realizações,
mas também cheio de problemas e desilusões.
Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas.
Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou,
o amor que acabou.
Normal.
2011 não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda,
mas o homem é cheio de imperfeições,
a natureza tem sua personalidade
que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí?
Fazer o quê?
Acabar com seu dia?
Com seu bom Humor?
Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido,
o mal educado.
Ele passou na sua vida.
Não pode ser responsável por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3, a dos amigos.
Ou mude de classe, transforme-o em colega.
Além do mais, a gente, provavelmente, também,
já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou?
Beleza, não tava na hora,
não deveria ser a melhor coisa para esse momento
(lembro-me sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso.
Mas se a gente se entende e permite olhar o outro
e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.
2011 pode ser um ano especial, muito legal,
se entendermos nossas fragilidades e egoísmos
e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar.
Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
2011 pode ser o bicho, o máximo,
maravilhoso, lindo, espetacular...
Pode ser puro orgulho!
Depende de mim, de você!
Pode ser.
E que seja!

Feliz olhar novo!

sábado, 18 de dezembro de 2010

DESCRIMINALIZAR NÃO É LIBERTAR.

DESCRIMINALIZAR NÃO É LIBERTAR.
Lourildo Costa
“Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” – (João 8.36)

Sou leitor assíduo das matérias semanais do jornalista Nélson Motta, que escreve para um grande diário do nosso Estado.
No início do mês de dezembro, o nobre editor escreveu um artigo defendendo a antijuridicidade do uso da maconha. Citou como exemplo a Capital Norteamericana que não conseguiu impedir o avanço do crescimento do uso e abuso de drogas; mas reduziu a menos o índice de criminalidade e violência urbana.
Mesmo com o aumento em volume do tráfico naquela cidade, Motta defende a descriminalização desse cancro social, alegando que os traficantes não têm poder de persuasão, porque a droga sob controle só é procurada por aqueles que quiserem se destruir.
Outro argumento usado por ele é que quinze estados americanos liberaram a venda da maconha para “fins medicinais”. É só conseguir uma receita médica diagnosticando stress para que o paciente possa adquirir pequenas quantidades de maconha. Ora! É sabido que até do veneno de cobras se extrai um antídoto, todavia, nem por isso alguém pede uma receita médica para a compra desse veneno.
Uma corrente progressista tem forçado as portas do legislativo brasileiro, ameaçando perigosamente o estado de perfeita satisfação físico ou moral da nossa população.
Há muitos argumentos que são usados pelos defensores da legalização do uso da maconha, citando como exemplo a venda de bebidas alcoólicas e de cigarros, drogas também prejudicial ao organismo humano, mas legais. A legalidade de uma droga ilícita não pode servir de parâmetro para a legalização de outra droga. Um erro não justifica o outro. Está provado, cientificamente, que a maconha afeta a área mais nobre do cérebro: a memória.
Se a política de legalização da maconha, colocada em vigor por estados americanos foi uma lástima, quem poderá garantir que dará certo no Brasil?
Continuo acreditando que a problemática das drogas é muito mais complexa do que se pensa ou se busca soluções: Consiste-se num problema profundamente espiritual. Não se resolve a problematicidade das drogas com a descriminação do seu uso pela sociedade.
O segredo do sucesso está em ser liberto do vício pelo Filho de Deus; pois, se alguém for liberto por Ele, verdadeiramente será livre, e não mais um escravo das drogas. Drogas matam, mas só Cristo liberta!
Lourildo Costa é presbítero da CADEVRE e autor dos livros: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade” e “O Padrão Bíblico para a Família”.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DROGAS: EPIDEMIA NACIONAL

DROGAS: EPIDEMIA NACIONAL
Última parte
Lourildo Costa


No ano de 1987, a Organização das Nações Unidas – ONU - estabeleceu o dia 26 de junho como o “Dia Internacional de Combate às Drogas”.
Em todo o mundo, estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas – número equivalente a quase 5% da população mundial na faixa etária entre 15 e 64 anos – fazem uso de drogas ilícitas ao menos uma vez por ano. Cerca de 50% desses usuários fazem uso de drogas regularmente; isto é, quando menos uma vez no espaço de 30 dias.
Existem diversas maneiras de sustentar combate contra os prejuízos ocasionados em consequência do uso e abuso de drogas. Uma delas foi colocada em prática pelo jornal “Tabernáculo”, que abriu este espaço para a conscientização dos seus leitores.
Todos os governos de todas as nações sofrem enormes perdas com os problemas relacionados diretamente com o consumo de drogas lícitas ou ilícitas: trata-se de uma verdadeira epidemia mundial. Tomamos conhecimento, diariamente, através dos meios de comunicação de massa, que o uso e o abuso do consumo de drogas aumentam cada dia mais e que a máfia envolvida com o tráfico também não para de multiplicar-se: são os chamados cartéis que ampliam suas rotas de contrabando pelo mar e pelo ar.
Se, há pouco tempo atrás, o consumo da maconha, da cocaína e do LSD - ácido lisérgico - se limitava aos usuários de idade adulta e, raríssimas vezes eram absorvidas entre os adolescentes, hoje em dia qualquer tipo de droga é consumido até mesmo por crianças. Trata-se de uma realidade que infunde pesar e que vem atingindo todas as camadas da pirâmide social e, principalmente, os nossos jovens, tanto os que habitam as grandes cidades quanto os que moram nas regiões mais distantes dos centros urbanos.
Autoridades governamentais do mundo inteiro aplicam enormes somas de dinheiro para tentar pelo menos reduzir o avanço do uso de drogas e acabar com o fornecimento de entorpecentes, diante de uma situação alarmante ocasionada pelo aumento do vício e do contrabando.
Alguns passos deverão ser observados, para que os usuários de drogas não mais voltem a ter contatos com substâncias entorpecentes e que esses esforços possam tirá-los, definitivamente, desse pesadelo atroz:
 Todos devem ter perseverança e não se esmorecer diante dos grandes desafios que a vida os impõe. Ninguém deve renunciar aos nobres objetivos a serem alcançados, pois chegar ao ápice da montanha deve ser a meta principal de cada ser humano. Se houver uma recaída, refaçam seus planos e coloquem em prática todos os meios ainda não atingidos. Uma das leis da qualidade de vida é ser o promotor da sua própria história.
 Ninguém deve abandonar-se como uma folha seca levada pelo vento, mas lutar para vencer as intempéries do dia-a-dia.
 Nenhum ser humano está livre de enfrentar problemas. O próprio Jesus afirmou que teremos aflições no mundo e que por isso devemos ter bom ânimo, pois haveremos de vencê-las. Os sofrimentos são como combustíveis que aceleram o crescimento da pessoa, levando-a ao pódio da vitória. Através deles alcança-se a maturidade e a experiência necessárias.
 Tirar proveito das pequenas coisas da vida, pois elas também contribuem para a efetivação do bem-estar humano. Jesus tirava um tempo para fazer isso e observava até a beleza de um simples lírio do campo.
 Ter domínio próprio sobre a vontade e não ser escravo dela. Num momento de tensão, dizer para o seu “eu” que o líder é você. O apóstolo Paulo escreveu que todas as coisas nos são permissíveis, todavia, nem todas as coisas nos são proveitosas. Muitos usuários de drogas fazem promessas a Deus, outras vezes, aos familiares e até a si mesmos. Desejam abandonar, definitivamente, o nefasto caminho das drogas. Muitos prometem e, tal como os políticos, deixam de cumprir suas promessas. O segredo é superar essa vontade louca de continuar se emaranhando nas estratagemas embaraçosas do mundo das drogas.
 Ninguém precisa experimentar os trágicos efeitos ocasionados pelo uso de drogas. Nem mesmo por uma ínfima curiosidade. Se os desejos irreprimíveis de conhecer os segredos que o consumo de uma droga ocasiona na mente humana, não caia na armadilha do diabo para usá-las. Basta visitar uma casa de recuperação que trabalhe com a dependência química e conversar com os seus internos: a conclusão a que se chegará é que todos os escravizados pelo vício estão em anelante busca de libertação dessas amarras que poderão levar a alma para o inferno.
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Lourildo Costa é presbítero da Catedral das Assembleias de Deus de volta Redonda e autor dos livros: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade” e “O Padrão Bíblico para a Família”.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A loba e o raposão

OPINIÃO
A loba e o raposão
NELSON MOTTA
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Usar de todos os meios para derrubar a ditadura e convocar eleições gerais livres e abertas a todos os partidos.

Seria patriótico e democrático, se não fosse mentira. O objetivo da luta armada no Brasil era trocar uma ditadura por outra, baseada na revolução cubana. Zé Dirceu, Dilma e Tarso Genro se orgulham disto. Cegos de fé, juventude e generosidade, sonhavam com uma ditadura legitima, do bem, porque do povo, do proletariado. Também acreditei nisto, como muitos jovens oprimidos e ingênuos, até que a razão, os fatos e a história me convenceram do engano.

Mas uma loba guerrilheira nunca vai admitir que, além de um erro estratégico e político, a sua luta e o sacrifício de tantos companheiros eram para instituir uma ditadura socialista no Brasil. Dirá que foi pela liberdade do povo. A mesma que os cubanos têm hoje? Ninguém ousa lhe perguntar.

Muitos dos seus ex-companheiros de armas, graças à democracia, ocupam postos importantes no governo, e reconhecem que a luta armada foi um erro de avaliação, talvez por excesso de juventude e generosidade. Mas ela nunca reconhecerá, nem que a vaca tussa. Ela não abandonou o barco nem fugiu da luta, não avaliou que seu sacrifício e de tantos companheiros poderia se voltar contra eles, como uma greve de fome, e até atrasar o processo de redemocratização. Mas, para versões bolcheviques de velhos hippies de rabo de cavalo, parece que o sonho não acabou.

Cordeiro em pele de lobo, Lula, o raposão, jamais sonhou com uma cubanização do Brasil. Cresceu e se desenvolveu como sindicalista por sua inteligência e capacidade de negociação. Loba em pele de loba, ela se acostumou a planejar e a mandar — e obedecer ao chefe — no que deve ser competente: é condição indispensável a uma gestora de gestores.

Lula também tem um lado lobo, quando esbraveja e bravateia nos palanques, mas deve as maiores conquistas do seu governo, e sua popularidade, à sua formação e aptidão de grande negociador, que o levou a harmonizar partidos, corporações e interesses conflitantes para o sucesso de seus programas econômicos e sociais. Mas a loba ama a luta.
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Texto publicado no Globo de 17 de abril de 2010.

DROGAS: EPIDEMIA NACIONAL

DROGAS: EPIDEMIA NACIONAL.
Lourildo Costa

O comentarista da revista Betel da Escola Bíblica Dominical – “Família, Igreja e Sociedade”, na lição de título: “Brincando com a Vida”, de 18 de abril, descreveu a respeito da nova realidade vivida por Sansão, após ele ter tomado a iniciativa de brincar com o pecado.
O capítulo 16 do livro de Juízes relata que Dalila descobriu todos os segredos do coração de Sansão e o entregou nas mãos dos filisteus, em troca de dinheiro. Talvez ela tivesse se utilizado de algum tipo de droga para que Sansão caísse em profundo entorpecimento e não se despertasse do seu sono, enquanto a sua cabeça era totalmente raspada com uma navalha.
Cerca de nove séculos se passaram, após a ocorrência desse triste episódio bíblico, e o consumo dessa substância ilícita tornou-se uma verdadeira epidemia que ataca, diariamente, muitos milhares de pessoas que vivenciam o drama da escravatura imposta pelas substâncias entorpecentes; causando terror à sociedade como um todo. O preço que se paga pelo uso e abuso de drogas deixa marcas profundas e inúmeras famílias se tornam aprisionadas por essa desgraça que dilacera os sonhos juvenis, tornando-os num eterno crepúsculo.
Entidades governamentais gastam, inutilmente, milhões de dólares, por ano, com o objetivo de combater o alastramento do consumo de drogas.
Como superar essa maldição que, a cada dia, captura principalmente os mais jovens e os escraviza na dependência química? Se os usuários de drogas não abrirem as janelas do seu coração para que seus olhos vejam um novo horizonte despontando ao longe e os levem ao encontro da verdadeira liberdade; ninguém mais neste mundo poderá ajudá-los, a não serem eles mesmos. A chave do desejo para que se libertem das drogas encontra-se em suas mãos. Se eles quiserem encontrar uma saída, Jesus Cristo é a solução. Ele tirará os pés imersos no riacho de águas estagnadas e imundas e os fará calcar sobre uma firme rocha. Para que ocorra tal mudança, é preciso que se rompa com os laços dos paradigmas imperfeitos e joguem por terra qualquer resistência humana às mudanças. É necessário esmiuçar o pedregulho do conformismo, pois, do contrário, jamais conseguirão alçar o voo da plena liberdade.
Esse encarceramento emocional, proporcionado pelo uso e abuso de drogas, tem levado uma multidão de usuários ao aniquilamento de toda a formação do caráter, em detrimento do desenvolvimento moral e espiritual. Não somente a personalidade padece de enormes prejuízos, bem como todo o desempenho intelectual humano. Como consequência dessa drástica anomalia social, a qualidade do crescimento da nação também é radicalmente afetada.
A pátria é formada de pessoas com elevada austeridade moral e de famílias bem estruturadas. Os Salmos 128 relacionam as bênçãos oriundas das ações de um homem que teme a Deus: A pessoa que tributar grande reverência ao seu Criador terá a posse e o gozo dos frutos do seu trabalho, tornando-se, com isso, alguém plenamente satisfeito. Uma pessoa que viver assim não deixará nenhuma brecha a ser preenchida com o uso de drogas. O homem que temer a Deus fará prosperar tudo o que colocar suas mãos. Todas as coisas que ele realizar lhe irá muito bem. Ele sentirá prazer no seu relacionamento conjugal e a sua descendência será saudável como as plantações dos olivais. A nação só será abençoada e próspera se a família, que a compõe, viver conforme o projeto de Deus. As pessoas serão a causa do bem-estar da sociedade e todos serão agraciados com paz e vida prolongada sobre a Terra.

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Lourildo Costa é presbítero da Catedral das Assembleias de Deus de Volta Redonda, autor do livro: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade”. Em 05 de junho próximo, estará fazendo o lançamento do livro: “O Padrão Bíblico para a Família”.

DROGAS: EPIDEMIA NACIONAL

DROGAS: EPIDEMIA NACIONAL
Lourildo costa


Um número cada vez mais elevado de pessoas, segundo pesquisas recentes, está privado da própria liberdade, por causa dos efeitos paralelos ocasionados pelo uso e abuso de drogas. A absorção frequente de uma droga, pelo organismo humano, passa a requerer a administração regular para manter um novo estado de equilíbrio. Esta é uma das causas do consumo cada vez maior de drogas, pois a simples ausência da mesma poderá ocasionar perturbação psíquica ou física. Muitos dependentes químicos já sofreram tanto, atravessaram por ruelas cheias de dores e frustrações que chegaram a planejar dar cabo da própria vida.
Por que tantas pessoas enveredam-se pelo caminho das drogas como que abraçando a liberdade e hasteando a bandeira do deleite? Trágica ilusão! Quando a dependência química bate à porta do coração, esses mesmos indivíduos passam a não sentirem mais prazer na vida.
Os consumidores de drogas são pessoas amantes do gozo e da liberdade, todavia, como num disfarce para enganar a si mesmas, aniquilam tudo aquilo que lhes daria motivação para continuar vivendo: a própria liberdade, pois se tornam escravas e farmacodependentes.
Na maior cidade do Brasil, a cracolândia paulistana tem se difundido por todos os bairros, inclusive os mais nobres, com tal velocidade que a operação governamental para combater o tráfico de drogas e tratar dos dependentes químicos, que se alastram pelas avenidas, tem enfrentado enormes dificuldades. Muitos adolescentes perambulam descalçados pelas ruas, vestindo roupas esmolambadas, arrastando cobertores esfarrapados e emporcalhados, com o cachimbo de crack na outra mão.
Segundo a seção de um jornal de grande circulação diária, cerca de onze mil pessoas vivem jogadas pelas ruas de São Paulo, vivendo sob os viadutos, e a quarta parte dessa população é composta de dependentes químicas.
Comunidades terapêuticas vivem cheias de pacientes de todas as camadas das classes sociais. Em Divinópolis, por exemplo, uma cidade do Estado de Minas Gerais, existe um dependente químico que não tem problema que envolva dificuldade financeira. Sua família é composta de empresários bem sucedidos. Todavia, já passou cinco anos internado em clínicas especializadas e a nona internação foi decidida por ele, após sofrer ameaça de morte de um traficante. A chamada pedra da ruína é a droga ilícita de maior circulação entre os dependentes, naquela cidade mineira de quase 300 mil habitantes. De acordo com o depoimento de um dependente do crack, “essa droga foi a forma mais inteligente que o diabo inventou para acabar com a humanidade. E está conseguindo”.
Aqui mesmo, em nossa cidade, tomei conhecimento de um viciado em cocaína – ex-interno da Casa de Recuperação Desafio Jovem Missionário Gunnar Vingren – que havia vendido o berço do próprio filho nascituro para conseguir um punhado de pó.
Buscar a cura da dependência química através da ciência da Psiquiatria e da Psicologia é algo até louvável, porém, não representa o fator primordial para a libertação do indivíduo. O tratamento médico é de suma importância. Deus usa a medicina para o bem-estar da humanidade. Mas existe uma coisa que o sistema medicinal não poderá realizar durante o tratamento de um dependente químico: o resgate da verdadeira essência da vida. Todo farmocodependente necessita de uma atenção especial do governo e da ciência da clínica médica. Isso é indiscutível. Mas nenhum doente poderá curar-se, plenamente, sem o poder de Deus. Cada ser humano necessita aproximar-se do seu Criador, crer inteiramente nele, venerá-lo de corpo e alma por toda a vida.
A ciência humanitária promove o restabelecimento da saúde física, porém, independente de rótulos de igrejas, somente a busca sincera do homem pelo seu criador, se feita de todo o coração, poderá trazer saúde emocional e tranquilidade de espírito.
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Lourildo Costa é presbítero da CADEVRE, autor do livro: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade”. Brevemente estará lançando o seu segundo livro: “O Padrão Bíblico para a Família”.

segunda-feira, 15 de março de 2010

FAÇA, VOCÊ MESMO, A DIFERENÇA NA TERRA.
Lourildo Costa

“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.” (Mateus, 5: 13)

O sal é uma substância orgânica de estrutura sólida, cuja composição química é formada, basicamente, do cloreto de sódio. Todavia, se o derramarmos sobre o solo, se o expusermos sob o sol escaldante, se o sujeitarmos sob a ação da água e da chuva ou mesmo se o deixarmos exposto à atuação da atmosfera, ele perderá completamente a sua característica e nenhuma utilidade terá para salgar.
O ser humano foi criado por Deus com uma finalidade precípua: fazer a diferença no mundo em que vive.
Nesta era de grandes avanços tecnológicos, nunca outrora na história da criação o gênero humano padeceu tanto de uma grave doença coletiva: a falta de alegria, a ansiedade intensa, a falta de amor, a solidão e a violência.
Em conseqüência disso, muitas pessoas se enriquecem sem causa justa, pois centenas de indústrias são organizadas com a miserabilidade da população: as fábricas de costumes se alastram criando necessidades sem motivos aparentes, as praças públicas arborizadas, os mega-estádios esportivos, os diversos entretenimentos virtuais, os aparelhos de comunicação de massa, os estilos musicais sem nenhuma inspiração dos sentimentos, os livros e revistas de auto-ajuda. Todos estes apetrechos reunidos deveriam reunir força suficiente para gerarem pelo menos um poucochinho de prazer e felicidade. Falsa ilusão! Nunca a humanidade se viu tão só, ansiosa e insegura. A sensação é que vivemos isolados em nossa sociedade.
A pouco menos de um século, a população terrestre girava em torno de um bilhão de habitantes. Hoje, o número desses habitantes, aumentou em mais de seis vezes. Só a China e a Índia possuem cerca de um terço da população mundial. As metrópoles estão apinhadas de gentes e mesmo assim a solidão não foi exaurida entre os povos. Falsa ilusão que nos fez interpretar erroneamente um fato! A solidão nos envolve como uma doença por contágio. As pessoas se sentem sós no luxo dos condomínios, nas fábricas onde trabalham, nas largas avenidas, nos estádios e até dentro das igrejas. O homem é um ser social que se adapta à solidão no meio da multidão.
A conversação entre os familiares ficou no esquecimento dos nossos antepassados. Pais e filhos entreolham-se num solilóquio e raramente sentam para sorrirem dos casos contados. A família moderna se desencontra dentro da própria casa e todos vivem trancados dentro de si mesmos.
A segregação social torna irmãos em grupos de estranhos. Pessoas são excluídas até por questões políticas. Já não se pode expressar livremente o pensamento. Pensadores são tratados como membros da tribo de Coré. A grande maioria da população está se tornando massa de manobra e milhões são enganados com o “Bolsa Família”. Uma turba vive de repetir informações, enquanto os pensadores estão sendo extintos pelo sistema do capitalismo selvagem. Para que servem tanta tecnologia e uma gama de teorias se elas não agregam conhecimento e esses conhecimentos não se transformam em experiências!?
Nunca se falou tanto em qualidade de vida num mundo que está ruindo de podre. A educação foi relegada ao segundo plano, apesar dos avanços da medicina. A humanidade vive ansiosa e estressada. Para que serve o sal, se ele se tornar insípido e com o que haveremos de salgar? Consideremos as sábias palavras de Jesus: sejamos como o sal e façamos, nós mesmos, a diferença neste mundo.
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Lourildo Costa é presbítero da CADEVRE, autor do livro: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade”. Brevemente estará lançando o seu segundo livro: “O Padrão Bíblico para a Família”.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Somos a 'massa atrasada' do programa do PT

Raia no horizonte a revolução dos pelegos.
Arnaldo Jabor

Lula deu um show de bola na entrevista ao “Estadão”. Show de bola e com duas frases sinceras e corajosas: “Se eu tivesse ganho a eleição em 89, com a cabeça que eu tinha na época, ou teria de fazer uma revolução ou caía no dia seguinte...” A outra frase foi sobre o programa do PT que estava saindo do forno: “No congresso do PT aparecem mais de 20 teses. É como uma feira de produtos ideológicos — as pessoas compram e vendem o que querem”. Brilhante entrevista... (Muitos idiotas acham que minha missão na vida é criticar o Lula. Mas eu sou livre para elogiar também).
Claro que a entrevista serve para amenizar o chorrilho de burrices e alucinações que o programa do PT nos jogou em cima. Mas prova que, além de ter mantido a política econômica de FH (Lula aprendeu muito com seu ídolo intelectual...), seu outro mérito foi impedir a loucura dos bolchevistas e jacobinos de plantão.
Mas, se Dilma for eleita, teremos saudades de Lula. Quem vai mandar no país será o Zé Dirceu (sempre esse homem fatal...). O programa do PT não é apenas assustador como futuro para um Brasil moderno: é prova de que cabeça de comuna não muda. Nada do que se passou nos últimos 20 anos foi assimilado por essa gente. Estão ali todos os erros passados que cismam em instalar.
Sei do que falo. Conheci pessoalmente muitos comunas de hoje.
Eu devo ter assistido a umas mil horas de reuniões de esquerda em minha vida. Fui comunista de carteirinha no PCB, de onde saí para um grupo “independente”, mais moderno, cognominado, claro, pelos velhos “pecebões” de pequeno-burguês e “revisionista”.
E confesso que tenho até saudades das noites de meus vinte anos românticos. Fumávamos muito, sérios, malvestidos, “duros”, planejando instalar o socialismo no país, sem armas, sem apoio sindical ou militar, tudo na base do desejo. Ninguém precisava estudar, pois a verdade estava do nosso lado. A ideologia mecânica justifica a ignorância. Para nós, até a morte era pequena, como nos ensinava o camarada Jacques, supervisor de nossa “base”: “O marxismo supera a morte, pois, uma vez dissolvido no social, o indivíduo perde a ilusão de existir como pessoa. Ele só existe como espécie. E não morre!”. E eu, marxista feliz, sonhava com a vida eterna...
Eu olhava meus companheiros e pensava: “Como vamos conquistar o poder fumando mata-ratos, reunidos neste quarto e sala imundo? Como vamos dominar o Brasil sem uma reles Beretta?” Mas ficava quieto, com medo de ser chamado de “vacilante”.
Era delicioso sentir-se importante, era bom conspirar contra tudo, desde o papai reaça até a expulsão do imperialismo ianque. Tudo nos parecia claro, os oradores “surfavam” em ondas ideológicas com meia dúzia de palavras-chave sobre a tal “realidade brasileira”: burguesia nacional, imperialismo, latifúndio, proletariado, campesinato etc. Nossa tarefa de comunistas era nos infiltrar em todos os “nichos da sociedade” para, de dentro, conquistar o poder socialista. Tínhamos de nos infiltrar em sindicatos, academias, universidades e — coisa que me deprimia especialmente — em “associações de bairro”, onde eu me via doutrinando donas de casa da Tijuca sobre as virtudes do marxismo.
Exatamente como este híbrido governo Lula/ PT está fazendo hoje — empregando (infiltrando) milhares de companheiros aguerridos e “puros” no aparelho do Estado.
Parecia-nos perfeito o diagnóstico sobre o Brasil — os argumentos iam se organizando “dialeticamente” enquanto a madrugada embranquecia. Até que chegava a hora fatal: “O que fazer?” E aí... ninguém sabia nada. Discutíamos infinitamente para chegar a uma certeza da qual partíamos. Esse é o drama das ideologias: chegar a uma conclusão que já existe desde o início.
E aí pintava o desespero. As acusações mútuas cresciam, com os xingamentos previstos na cartilha marxista: hesitantes ou radicais, ou sectários ou alienados ou provocadores ou obreiristas ou liberais ou o diabo a quatro. E eu, do meu canto neurótico, pensava: “Não ocorre a ninguém que há invejosos, ignorantes, mentirosos, ciumentos, paranoicos, babacas e, simplesmente, os “FDPs”? Por que ninguém via o óbvio?
E hoje, com este programa do PT, vemos que a tribo dos “puros”, a plêiade dos “iluminados” de Lenin, aqueles que se sentem “acima” de todos nós (nós — os burgueses neoliberais de direita), está com chance de finalmente fazer o que Lula conseguiu adiar. Não se trata mais da revolução da “justiça”, como eles achavam que pensavam durante a Guerra Fria. Agora eles partiram para uma outra fria guerra, uma guerra calculista e esperta, oculta pelos chavões dos anos 50. Vamos traduzir o que nos dita o programa do PT, recém-aprovado pelos mentores do “mensalão”, que eles chamam de “tentativa de golpe da direita”.
Quando o programa do PT diz “combater o monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e entretenimento”, leia-se, como o velho Marco Aurélio Garcia deixou escapar: “eliminar o esterco da cultura internacional e controlar a mídia”. Eles têm o sonho de uma grande TV Brasil dominando tudo. Quando falam em “atualizar índices de produtividade no campo”, leia-se “dar força e impunidade ao MST nas invasões e ferrar a agroindústria”. Quando falam em “apoio incondicional ao Programa Nacional de Direitos Humanos”, leia-se “fazer caber nas abstratas generalizações do texto todas as formas de controle social pelo Estado”.
Claro que os malandros mais pragmáticos do PT divulgam que o programa é apenas para dar pasto para a ala mais radical do partido...
Mentira...
Estão esperando a revolução. Só que é uma revolução para eles mesmos, que se consideram o povo. Dentro do Estado já há 200 mil contratados desde que o Lula tomou posse. O gasto com folha de pagamentos dobrou, de 2002 até hoje. O programa do PT não é para atemorizar tucanos. É um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles odeiam a democracia e se consideram os “sujeitos”, os agentes heroicos da História. Nós somos, como eles chamam, a “massa atrasada”.
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Jornal “O Globo” – Segundo Caderno – Página 8 – Terça-feira - 23 de fevereiro de 2010.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

JESUS E O SEU DIREITO DE DEFESA

JESUS E O SEU DIREITO DE DEFESA
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“Mas Nicodemos, aquele que certa noite havia falado com Jesus, disse: - De acordo com a nossa Lei; não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e sem saber o que ele fez.” – (João, 7: 50,51).
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Lourildo Costa

Nicodemos foi doutor da lei judaica, sacerdote de uma das principais seitas muito mais numerosa e de grande influência entre o povo judeu. Também foi membro do Supremo Tribunal da antiga Capital Jerusalém, onde foram julgados os casos que envolveram crimes ou desvios da administração pública. Esse Conselho teve a competência para aplicar a penalidade máxima.
Nicodemos foi um dos homens mais opulentos da sua época. Conta a História que ele testificou de Jesus, na Festa dos Tabernáculos, por causa de uma grande dissensão entre o povo.
“- Não é este o homem que estão querendo matar?” – perguntaram algumas pessoas, quando avistaram Jesus na Festa. Os fariseus deram ouvidos ao burburinho da multidão, pois comentários pró e contra foram feitos acerca da pessoa de Jesus; e por isso eles e os chefes dos sacerdotes enviaram guardas com o objetivo de prendê-lo. Todavia, os guardas não tiveram coragem de colocar Jesus na prisão e retornaram ao ponto de origem. Os chefes dos sacerdotes e os líderes dos fariseus perguntaram: “- Por que vocês não o trouxeram?”
“- Nunca ninguém falou como aquele homem!” – Responderam temerosos, os guardas.
Os chefes dos sacerdotes e os indivíduos que comandaram os seguidores da seita dos fariseus se enfureceram contra os guardas que não acataram a ordem de prender Jesus, ocasião em que Nicodemos se levantou em defesa do Mestre, dizendo: “- De acordo com a nossa Lei, não podemos condenar um homem sem ouvi-lo primeiro e sem saber o que ele fez.” Em outras palavras, Nicodemos externou a doutrina do direito garantido; direito esse, ainda hoje, defendido por nossa Constituição. Qualquer cidadão poderá utilizá-lo legalmente para defender-se, assim como os seus bens, contra algum prenúncio de coisa desagradável ou temível que por acaso venha sofrer.
A Lei dos judeus preconizava, e a nossa Constituição reverencia que a ninguém poderá ser proferida sentença condenatória sem antes ser ouvido. Além disso, nenhuma ameaça à autorização de tornar seguro o uso do direito poderá ocorrer; de maneira que a pessoa que tenha sofrido a lesão, pela transgressão da lei, estará autorizada, pela norma jurídica, a resistir contra a ilegalidade sofrida, a fazer cessar o ato ilícito e reclamar a reparação do dano.
Nicodemos foi um homem extraordinário! Sua máxima ainda possui uma força enorme nas leis modernas: ninguém poderá ser condenado sem o direito de defesa.
Por que o mundo insiste em condenar Jesus sem saber o que Ele fez? Paremos um poucochinho com o nosso ato de dissentimento e demos ouvidos à Sua Palavra: Ela nos conta tudo o que Ele fez!
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Lourildo Costa é presbítero da CADEVRE, autor do livro: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade”. Brevemente estará lançando seu segundo livro: “O Padrão Bíblico para a Família”.

O “Ângelus” no país da Gramática Portuguesa

O “Ângelus” no país da Gramática Portuguesa.
Lourildo Costa
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“Cantem hinos a Deus, o Senhor, todos os moradores da terra! Adorem o Senhor com alegria e venham cantando até a sua presença.” – (Salmos 100. 1, 2).
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Já se tornaram suficientemente agradáveis à vista e ao espírito, as apresentações de peças natalinas do Coral “Ângelus”, que ocorrem sempre no dia 25 de dezembro de todos os anos.
Levar à cena uma cantata de Natal já se tornou uma particularidade desse canto em coro, regido com destreza pelo regente da orquestra – Elias Isaías.
Não foi diferente nesse último dia do nascimento do Mestre dos mestres, ocasião em que foi ostentado mais um conjunto de lindas composições religiosas que rememoraram a progênie do nosso Salvador.
Pareceu-me, como o Pedrinho da obra de Monteiro Lobato, passear no país da gramática da Língua Portuguesa.
As vozes harmoniosas soaram como zumbidos dos sons produzidos livremente pela articulação bucal, que voaram soltas pela nave do templo.
Distinguiram-se, no ar, as letras dançantes do alfabeto, que zumbriram intimamente felizes de braços dados com as vogais. O conjunto de letras enfeixadas entre si formaram sílabas e as sílabas fundiram-se para dar forma às palavras em modo de expressão musical. A arte e a ciência de combinar os sons de modo tão agradável aos ouvidos representaram a manifestação dos diversos afetos da alma humana, em forma de louvores ao Filho de Deus.
Vi a consoante “F” sendo produzida com o véu palatino levantado, puxando a fila dos fonemas – toda feliz – impedindo que a passagem do ar ocorresse pela cavidade nasal. A corrente de ar deslocou-se da laringe, numa sequência de impulsos, até a boca, onde encontrou obstáculos parciais, dando-se a constrição. O ar veio roçando ruidosamente as paredes bucais estreitadas, de maneira tão rápida, que as cordas vocais nem vibraram, tornando-a consoante fricativa surda.
Logo atrás do fonema /f/, vi a vogal “E” levantar gradualmente a parte anterior da língua, em direção ao palato duro, fazendo também diminuir a abertura da boca de cada componente do grande coral. Vi a corrente sonora ressoar apenas pela boca, sendo proferida com intensidade secundária e ainda com redução da abertura bucal. O fonema /f/ estendeu a mão ao fonema /e/ e formaram a sílaba “FE”.
Continuei atento ao desenrolar da apresentação e distingui outra figura oral constritiva seguindo a sílaba “FE”: era o fonema /l/. O ar desse som encontrou a língua apoiada ao palato e forçou sua saída pelas fendas laterais da boca de cada membro do coral. Seguindo seus passos estava a vogal “I”, também anterior, oral e fechada como sua irmã “E”; só que proferida com maior intensidade do que esta. No final da primeira fila, de mãozinha dada com a vogal “I”, veio a consoante oral constritiva fricativa, prima da consoante “F”, fazendo vibrar as cordas vocais: tratou-se do fonema /z/ alveolar e sonoro que formou a segunda sílaba “LIZ”. Com o acasalamento destas duas primeiras sílabas, formou-se o vocábulo “FELIZ”.
Muitos numerais também participaram da festa dos fonemas e letras. O numeral “2.010” seguiu a palavra “FELIZ”. Pareceu tão entusiasmado que o ponto de exclamação entrou na dança gramatical ao ser arrastado por aquele numeral para formar a frase que representou o grande sonho de cada expectador presente àquele mega evento: - “ FELIZ 2010! ”
Vi o coral “Ângelus” musicar a vida no país da Gramática da Língua Portuguesa...
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Lourildo Costa é presbítero da Catedral das Assembleias de Deus de Volta Redonda, autor do livro: “As Drogas e o Aniquilamento da Sociedade”. Em abril estará lançando o seu segundo livro, cujo título é: “O Padrão Bíblico para a Família”.