O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA

O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA
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sábado, 30 de maio de 2009


A INFÂNCIA ABANDONADA

Lourildo Costa

Li, há muitos anos, “Os Capitães da Areia”, obra do escritor Jorge Amado, um dos escritores brasileiro que mais se popularizou com a venda de seus livros.

Naquela obra, Jorge Amado procurou demonstrar a dramaticidade do proletariado, onde assuntou sobre a infância abandonada em nosso país. Em “Os Capitães” ele relatou os vícios e os crimes praticados pelos adolescentes, como produto do desequilíbrio econômico e da injustiça social.

Os Capitães da Areia” é a história triste de milhares de crianças desocupadas pelas ruas de Salvador, na Bahia, e que vivem soltas, lutando pela sobrevivência. Esses menores abandonados ainda existem, estão bem vivos pelos quatro cantos do Brasil. A infância abandonada representa um dos maiores cancros sociais de nosso país.

A narrativa de Jorge Amado fala dos meninos que sobreviviam do furto pelas ruas principais da capital baiana: “Viviam sós pela cidade, hostilizados pelos homens que passavam, empurrados pelos guardas, surrados pelos moleques maiores, sem família. A fuga representava a liberdade maior. Sem carinho e sem uma mão que os acarinhassem, sofreram fome e vários deles foram levados presos” – escreveu o escritor.

Dizer a respeito da infância abandonada é um tanto complexo, pois o menor carente é um dos reflexos de um grande problema sócio-econômico. Foi exatamente isso que Jorge Amado quis denunciar: a má distribuição de renda e suas nefastas consequências.

A privação do menor carente é o espelho dos milhares de habitantes que vivem sem nenhuma assistência governamental. Os moleques que se infiltraram na gang dos “Capitães da Areia” nunca pediram e nem desejaram estar naquela condição humilhante para um ser humano. A infância digna fora-lhes negada. O pior é que essa triste história não é uma ficção de Jorge Amado; ela não terminou com a denúncia de seu livro. Crianças abandonadas continuam a circular livremente pelas cidades brasileiras.

Conforme uma pesquisa realizada há mais de duas décadas, o número de crianças abandonadas, naquela época, já ultrapassava a casa dos mais de vinte e seis milhões de criaturas. É como se pudéssemos imaginar a população de um país de miseráveis dentro de outro país. Outra pátria de gentes subnutridas, sem nenhuma assistência hospitalar ou educacional. Muitas instituições sérias, que tentam reverter esse quadro, até existem, mas a maioria luta contra a hipoinsuficiência financeira e não consegue abarcar toda uma população de necessitados.

Grande número desses menores abandonados não infesta somente as ruas de Salvador, mas as grandes avenidas de todas as cidades brasileiras. Milhares desses menores são pessoas que foram rejeitadas pela própria família; todas são analfabetas, sem qualquer assistência que possa livrá-las dessa situação. Grande parte delas está praticando atos ilícitos, induzidas por adultos inescrupulosos. São elas que irão formar outros grupos de “Capitães do Asfalto”, caso não haja uma solução imediata.

Que possamos mirar nossos olhos no exemplo de Jesus, que sempre amou as criancinhas e fez delas o padrão para se entrar no Reino do Céu. Elas estão a nos suplicar uma ordem social mais justa, para que a digna infância não continue a ser proibitória dentro de nossa própria casa...


O MENINO DE BELÉM

Lourildo Costa

Li que lá no fundão de uma cidadezinha por nome Belém, num país longínquo, onde se fincava a antiga Judeia, o Salvador veio nascer, cercado pela pobreza, pelos animais, numa humilde manjedoura e, no céu, uma grande estrela brilhante.

O Menino de Belém não encontrou nenhuma catedral como a de São Pedro, em Roma. Nenhuma casa hospitaleira e nem mesmo os grandes ou simples hotéis se propuseram a hospedá-lo. Somente uma estrela forte brilhava no céu, cobrindo-O com o manto da beleza da sua luz. Os bois derramavam os seus mugidos por sobre as ondas mansas daquela noite fulgurante.

O Salvador veio nascer, através das entranhas da Virgem Maria, para dar uma lição ética aos homens pobres de espírito, e uma ração de alegria e de paz aos povos desamparados. Ele bem sabia que as nações se voltariam para Ele para buscarem refúgio nas horas amargas e de angústias.

-“Sem Mim, nada podeis fazer!” – O próprio Cristo-Menino disse estas palavras, anos mais tarde.

Para que servem a guerra-fria, o armamento bélico das grandes potências mundiais que colocam em riscos a vida de mais de seis bilhões de habitantes; a construção de moderníssimas bombas atômicas que estão sempre prontas para explodirem como rosas que nascem para matar?

-“Sem Mim, nada podeis fazer!”. O homem ainda não aprendeu a se comportar como uma criança que é mansa e humilde por natureza. Ser como um menino é trazer escondido dentro do peito um lindo ser humano de pouca idade, adormecido na manjedoura do coração.

Viandantes ambiciosos irão surgir pelo caminho da vida e nos proporão negócios escusos e atos ilícitos. Nessa hora haveremos de despertar essa adorável criaturinha que dorme dentro da gente. Ainda que tais viandantes não nos compreendam, mas façamos essa criancinha despertar do seu sono, pois muitos também não entenderam os propósitos do Menino-Jesus.

Cada um de nós possui essa pessoa infantil dormindo docemente no íntimo do nosso ser. Quando não a despertar do seu estado de sonolência, seremos nós mesmos os únicos culpados. Se dermos ouvidos aos míseros caminheiros da estrada, essa criança não será tirada do seu sono, tornar-se-á adulta e de aspecto desagradável. À medida que as pessoas se afastarem da presença de Deus, essa criança se tornará em uma figura colossal, cada vez mais afeiçoada às coisas materiais. Elas ajuntarão riquezas onde a ferrugem e as traças as consumirão.

Esse é o núcleo das tragédias mundiais, das injustiças humanas e dos quesitos enigmáticos da nossa era. Deixar essa criança morrer é abdicar-se do que de mais nobre possa existir na vida.

Ser criança é ter relações perfeitas com Deus e com os nossos semelhantes. Sem estes elos, ninguém verá o Senhor...