O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA

O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA
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Preço por unidade: R$20,00

quarta-feira, 20 de maio de 2009

POESIA


O PAPAGAIO NA TELEVISÃO
Lourildo Costa

Vi o papagaio papaguear
Promessas de praxe na televisão.
Vi o papagaio picotar
Pacotes inteiros de inflação.

O papagaio na sua pachorra pacifista
Predisse que tudo iria melhorar.
Montado no cavalo pacífico, no seu paço,
Vi o papagaio ensardinhar palavras...

Vi o papagaio não poupar
Parcimônia aos periquitos;
Vi-o lavar e beijar os pés da pátria-longe...

À beira-do-mar, vi-o perlongar
Um olhar pedinte na direção Oriental...
Eu vi o papagaio musicalando a vida!

(23/05/1983 - Homenagem ao ex-presidente Fiqueiredo).

POESIA


O PARAÍBA
Lourildo Costa

O Paraíba e seu destino de morte
O Paraíba e seu serpear cinzento
O Paraíba e seu grito de morte
O Paraíba e seu ar sem alento.
O Paraíba e as notícias dos jornais
O Paraíba e sua prece ao léu
O Paraíba e as portas fechadas
O Paraíba e a lua cega no céu.
O Paraíba e o olhar-vago-vazio
O Paraíba e as reuniões adiadas
O Paraíba e a indolência sem fim
O Paraíba e seu passado-lembrança.
O Paraíba e seu grito inaudível
O Paraíba e sua pobre esperança:
FEEMA,
CODIVAP...
Salvem-me!...

(Homenagem ao Rio Paraíba do Sul que corta minha cidade - 23/05/1983).

POESIA



BRANDO BEIJO
Lourildo Costa

Aquele brando beijo
Que me beijaste na boca
Com teus lábios de baeta,
-Balsâmico beijo!
Bebi-o, bebadamente
como o beija-flor bebe o nectar...
E beberrão eu fiquei!
Como é bom bebericar
Este teu brando beijo
Até ao estado de embriaguez!...

(23/05/1983 - para minha esposa Eliane).

POESIA


TIRADENTES
LOURILDO COSTA

Tiradentes, ó Tiradentes!
Vejo-o tristonho e sem fala,
Nesta rua descalça, nesta vala...
Vejo-o tão tristonho e cabisbaixo:
Era, então, aqui embaixo
Que você estava?

Tiradentes, ó Tiradentes!
Onde estão aqueles homens
Que o levaram pelos caminhos,
Aquela forca, o poste de outrora;
Onde estão, se o vejo só, agora?

Ah! ó meu triste Tiradentes!
Onde estão os miseráveis,
Aquelas multidões, aqueles velhos,
Aquele povo tão sofrido
Com os dentes doloridos... doloridos...

E as mulheres amaldiçoadas
Que buscavam o oiro perdido?!
Ah! E os escravos sofridos, sofrendo?
E a derrama se perdendo na lama
Do rio d'ouro sem destino?...

Tiradentes, meu Tiradentes!
Vejo-o tristonho e sem fala,
Nesta rua descalça, nesta vala;
Vejo-o tão tristonho e cabisbaixo...
Por que se cala? por que não fala?

Onde está o povo que amava?
Ah! Filhos de pais famintos,
Eram os dentes enfermos e sofridos;
Sofridos e cegos pela derrama
Que à forca a todos levava...

Onde está aquele povo sofrido
Que pelos rios escuros
Iam levando o peito ferido,
Com a face suada de lágrimas,
Pois a derrama era uma lástima!

Tiradentes, ó Tiradentes!
E a véspera da sua glória,
Da evolução emocional
E da exaltação de sua vitória?!
Por que se cala? Por que não fala?

Tiradentes, ó Tiradentes!
Onde estão aqueles homens,
Nesta rua descalça, nesta vala;
Aquela forca, o poste de outrora?...
Onde estão, se o vejo só, agora?

Tiradentes, ó Tiradentes!
Vejo-o tristonho e sem fala,
Nesta rua descalça, nesta vala,
Vejo-o tão tristonho e cabisbaixo!...
Era, então, aqui embaixo que você estava?...

POESIA


SONHOS
LOURILDO COSTA

ESPARGEM-SE ESTUDANTES PELO PÁTIO
E VÃO TÃO LONGE COM OS SEUS SONHOS E FANTASIAS;
LONGE COMO A MÚSICA DISTANTE,
LONGE COMO A MINHA ALEGRIA...

DERRAMADOS PELOS DEGRAUS DAS ESCADAS,
OS ESTUDANTES VÃO ALÉM,
ALÉM DAS ESTRELAS E DA NOITE ENLUARADA
E VÃO TÃO LONGE COM OS SEUS SONHOS E FANTASIAS.

HÁ GRANDES FESTAS NOS CANTOS NOTURNOS,
SOB AS ASAS IMENSAS DO IDEAL.
OS ESTUDANTES SONHAM EM GESTOS SUAVISADOS
E A NOITE OFUSCA AS FACES SOTURNAS
QUE RIEM SEM QUERER
E QUE SONHAM SEM SABER...

E VÃO TÃO LONGE COM AQUELES SONHOS E FANTASIAS!
GESTICULAM ENTRE A NOITE... E QUE DIZEM?
-DIZEM TUDO, MEDEM O FUTURO...
MEDEM A VIDA...

-QUE MUNDO ERIGIR-SE-ÃO,
SE TU TENS O MUNDO EM TUAS MÃOS,
SENHOR!?...

21/02/1978