KARL MARX, O ENIGMA DA HISTÓRIA
Lourildo Costa
(PRIMEIRA PARTE)
Devido à grave crise financeira global, uma corrida às livrarias da Alemanha tem colocado em evidência a mais famosa obra de Karl Marx: – “O Capital” – clássico que volta à moda em meio à turbulência financeira do mundo capitalista, conforme notícia publicada em “O Globo” – (página de Economia de 17 de outubro de 2008).
Em razão do fato em foco, despertou-me o interesse em conhecer, de maneira particularizada, alguns detalhes da vida de Karl Marx. Para isso, adquiri a obra de autoria de Francis Wheen, da Editora Record, “Biografias Karl Marx”, tradução de Vera Ribeiro, de onde extraí o tema desta matéria.
Lendo a biografia de Marx, descobri que, aos trinta e seis anos de idade, no ano de 1854, o desditoso Marx, escrevendo ao seu amigo íntimo Friedrich Engels, exprimiu, com tristeza, que alguém realmente feliz era quem não possuía família; ao contrário do que diz a Bíblia Sagrada, no Salmo 128: Bem-aventurado será todo aquele “que teme ao Deus Eterno”, pois, “em casa a sua mulher será como uma parreira que dá muita uva; e, em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas”.
Karl Marx havia perdido o seu genitor. Três irmãos seus também haviam morrido, assim como uma de suas cinco irmãs. Dois anos depois dessas ocorrências funestas, faleceu outra irmã. Da família remanescente, pouco ou nada tinham a ver com ele. O relacionamento entre ele e a mãe era de uma frialdade de dar pena. A vida os encarregava de mantê-los distantes um do outro. Para Marx, sua mãe mantivera-lhe a falta de consideração em continuar vivendo; fato pelo qual o impedira de receber sua herança.
Karl Marx nasceu em um lar considerado abastado, na época, cujo pai exercia atividades de advogado, e não o trabalho braçal ou artesanal, como era comum à maioria da população. A religião oficial de seu país era o protestantismo evangélico, mas Marx morreu ateísta e apátrida.
Joshue Heschel Lwow, um dos seus antepassados, por parte de pai, era o sacerdote do culto judaico, na cidade de Trier, no ano de 1723. Méier Halevi Marx, seu avô, também havia sido substituído por Samuel, tio de Marx, no cargo de rabino. Henriette, uma judia de origem holandesa, foi a matriarca de vários filhos, que durante séculos, haviam sido doutores da lei judaica, inclusive o seu próprio pai, que se chamava Heinrich Marx, compatriota alemão, que se tornou luterano.
Quase nada se sabe a respeito da infância de Karl Marx. Sua mãe tivera-o por filho rebelde, cujo costume era o de obrigar suas irmãs a comerem tortas feitas de lama, por ele.
Em sua juventude, enamorou-se da bela e encantadora Johanna Bertha Julie Jenny von Westphalen, uma jovem princesa de vinte e dois anos de idade, oriunda de uma família influente da Prússia – filha do barão Ludwig von Westphalen. Ele, Karl Marx, considerado um judeu descuidado, quatro anos mais novo do que ela, apaixonara-se avassaladoramente. Jenny demonstrava ser uma mulher de larga inteligência e livre-pensadora.
O barão Ludwig von Westphalen era um graduado oficial do governo real prussiano. Foi uma personalidade de estirpe duplamente nobre; pois o avô de Jenny foi chefe do Estado-Maior, durante a Guerra dos Sete Anos. Sua avó, mãe do barão Ludwig von Westphalen, a escocesa de nome Anne Wishart, era descendente dos condes de Argyll. Era essa a linhagem de Johanna Bertha Julie Jenny von Westphalen, a mulher que se apaixonara por um homem sem títulos, exceto o de uma longa genealogia de rabinos.
Fazia muito tempo que Karl Marx havia cortado o cordão umbilical com sua família, pois quase nunca dava respostas às cartas recebidas de seus pais, e nem se interessava em saber como iam de saúde. Quando saía de férias, na universidade, nunca retornava para a casa paterna e nem se lembrava de que tinha irmãos ou irmãs. No ano de 1838, durante o feriado da Páscoa, seus pais insistiram para que ele fosse visitá-los, na cidade de Trier, apenas por alguns dias, o que Marx recusou sem vacilar. Há muito tempo que Marx havia se esquecido de sua família e a deixado de lado.
Em maio do ano de 1838, morreu Heinrich Marx, aos cinqüenta e sete anos de idade. Karl Marx não compareceu ao enterro de seu pai. Justificou sua ausência, naquele momento de grande dor para a família, dizendo que tinha coisas mais importantes a fazer e de que a viagem de Berlim a Trier seria longa demais para ele. (...)
Lourildo Costa
(PRIMEIRA PARTE)
Devido à grave crise financeira global, uma corrida às livrarias da Alemanha tem colocado em evidência a mais famosa obra de Karl Marx: – “O Capital” – clássico que volta à moda em meio à turbulência financeira do mundo capitalista, conforme notícia publicada em “O Globo” – (página de Economia de 17 de outubro de 2008).
Em razão do fato em foco, despertou-me o interesse em conhecer, de maneira particularizada, alguns detalhes da vida de Karl Marx. Para isso, adquiri a obra de autoria de Francis Wheen, da Editora Record, “Biografias Karl Marx”, tradução de Vera Ribeiro, de onde extraí o tema desta matéria.
Lendo a biografia de Marx, descobri que, aos trinta e seis anos de idade, no ano de 1854, o desditoso Marx, escrevendo ao seu amigo íntimo Friedrich Engels, exprimiu, com tristeza, que alguém realmente feliz era quem não possuía família; ao contrário do que diz a Bíblia Sagrada, no Salmo 128: Bem-aventurado será todo aquele “que teme ao Deus Eterno”, pois, “em casa a sua mulher será como uma parreira que dá muita uva; e, em volta da mesa, os seus filhos serão como oliveiras novas”.
Karl Marx havia perdido o seu genitor. Três irmãos seus também haviam morrido, assim como uma de suas cinco irmãs. Dois anos depois dessas ocorrências funestas, faleceu outra irmã. Da família remanescente, pouco ou nada tinham a ver com ele. O relacionamento entre ele e a mãe era de uma frialdade de dar pena. A vida os encarregava de mantê-los distantes um do outro. Para Marx, sua mãe mantivera-lhe a falta de consideração em continuar vivendo; fato pelo qual o impedira de receber sua herança.
Karl Marx nasceu em um lar considerado abastado, na época, cujo pai exercia atividades de advogado, e não o trabalho braçal ou artesanal, como era comum à maioria da população. A religião oficial de seu país era o protestantismo evangélico, mas Marx morreu ateísta e apátrida.
Joshue Heschel Lwow, um dos seus antepassados, por parte de pai, era o sacerdote do culto judaico, na cidade de Trier, no ano de 1723. Méier Halevi Marx, seu avô, também havia sido substituído por Samuel, tio de Marx, no cargo de rabino. Henriette, uma judia de origem holandesa, foi a matriarca de vários filhos, que durante séculos, haviam sido doutores da lei judaica, inclusive o seu próprio pai, que se chamava Heinrich Marx, compatriota alemão, que se tornou luterano.
Quase nada se sabe a respeito da infância de Karl Marx. Sua mãe tivera-o por filho rebelde, cujo costume era o de obrigar suas irmãs a comerem tortas feitas de lama, por ele.
Em sua juventude, enamorou-se da bela e encantadora Johanna Bertha Julie Jenny von Westphalen, uma jovem princesa de vinte e dois anos de idade, oriunda de uma família influente da Prússia – filha do barão Ludwig von Westphalen. Ele, Karl Marx, considerado um judeu descuidado, quatro anos mais novo do que ela, apaixonara-se avassaladoramente. Jenny demonstrava ser uma mulher de larga inteligência e livre-pensadora.
O barão Ludwig von Westphalen era um graduado oficial do governo real prussiano. Foi uma personalidade de estirpe duplamente nobre; pois o avô de Jenny foi chefe do Estado-Maior, durante a Guerra dos Sete Anos. Sua avó, mãe do barão Ludwig von Westphalen, a escocesa de nome Anne Wishart, era descendente dos condes de Argyll. Era essa a linhagem de Johanna Bertha Julie Jenny von Westphalen, a mulher que se apaixonara por um homem sem títulos, exceto o de uma longa genealogia de rabinos.
Fazia muito tempo que Karl Marx havia cortado o cordão umbilical com sua família, pois quase nunca dava respostas às cartas recebidas de seus pais, e nem se interessava em saber como iam de saúde. Quando saía de férias, na universidade, nunca retornava para a casa paterna e nem se lembrava de que tinha irmãos ou irmãs. No ano de 1838, durante o feriado da Páscoa, seus pais insistiram para que ele fosse visitá-los, na cidade de Trier, apenas por alguns dias, o que Marx recusou sem vacilar. Há muito tempo que Marx havia se esquecido de sua família e a deixado de lado.
Em maio do ano de 1838, morreu Heinrich Marx, aos cinqüenta e sete anos de idade. Karl Marx não compareceu ao enterro de seu pai. Justificou sua ausência, naquele momento de grande dor para a família, dizendo que tinha coisas mais importantes a fazer e de que a viagem de Berlim a Trier seria longa demais para ele. (...)
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