O PADRÃO BÍBLICO PARA A FAMÍLIA

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domingo, 17 de maio de 2009


SARA: SUA FORÇA MUDOU O CURSO DA HISTÓRIA HUMANA

Lourildo Costa

(Gênesis 17:15) – “Disse Deus mais a Abraão: A Sarai, tua mulher, não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome”. Sara, segundo a origem do original hebraico, significa princesa, soberana.

(Gênesis 17:19) – “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele”.

Em minhas caminhadas matinais, costumo realizar uma comunicação intrapessoal, isto é, exercito o exame dos meus próprios pensamentos e sentimentos, enquanto caminho. Num desses passeios a pé, surgiu-me a idéia de escrever um livro que abrangesse o tema relacionado à força que a mulher exerce sobre o homem. Sua força é de tal envergadura, que é capaz de mudar todo o curso da História da humanidade. Como exemplo do que falo neste momento, destaquei para a edição deste periódico, o segundo capítulo do livro, ainda em fase de montagem. Como o mês de maio é tempo de flores e alegrias, mês das noivas e das mulheres, especialmente das mamães, no segundo domingo, desejei homenagear todas as mulheres, leitoras deste jornal, com o presente artigo.

Sabemos que Sara foi a esposa amada de Abraão. Foi ela uma das mulheres do mundo antigo, que deu um novo impulso à história dos seres humanos.

O nome Sara, segundo o vernáculo hebraico, significa princesa. Das mulheres do Antigo Testamento, era uma das mais distintas e das mais lindas. Os escritores do mundo antigo afirmam que Sara foi uma das quatro mulheres mais bonitas que o mundo já conheceu.[1] Não há homem que não pare para contemplar beleza tão singular! Mesmo já adiantada em idade, não se entende como permanecera bonita, a ponto de exercer o poder de atrair chefes do governo egípcio, nação para onde desceu Abraão, fugindo da fome que assolava parte do mundo antigo. Ao ver-se cercado por indivíduos estranhos à sua parentela, criaturas, sexualmente insaciáveis, homens que flertavam com outras mulheres em público, fazendo prevalecer a força, em detrimento da justiça, Abraão concluiu, rapidamente, onde se foi meter e temeu por sua vida, achando que o rei não hesitaria em matá-lo, por causa da beleza de sua mulher. Ao chegarem à terra do Egito, Abraão solicitou à sua mulher que se identificasse como se fosse sua irmã carnal; o que não era de todo uma mentira, pois Sara era meio-irmã de seu esposo, por parte de pai, conforme nos declara o autor do livro de Gênesis: “E, na verdade, é ela também minha irmã, filha de meu pai, mas não filha da minha mãe; e veio a ser minha mulher”.[2] Sara reuniu forças para resistir às atenções amorosas do Faraó egípcio que, por sua causa, veio a se enfermar, entrando em estado de grande desalento moral e físico. Só assim, o rei pôde perceber que aquela linda mulher não lhe pertencia; e que deveria deixá-la seguir com o seu esposo Abraão. No momento de delicadeza de compleição, Sara esteve ao lado de seu marido. Ele não tinha sua esposa, simplesmente, como um objeto para satisfação de seus desejos, cujo propósito fosse, meramente, o despertar de uma atração física, tendo em vista a sua enorme beleza. Mesmo tendo conhecimento que Sara era dotada de uma beleza sem par, Abraão não a enxergava com os olhos que a maioria dos homens vêem as mulheres. Ele “precisava explicar aos egípcios, que viam as mulheres como objetos de uso pessoal, como deveria ser o relacionamento correto entre os sexos”.[3] Sua veneração e seu anelo por Sara não tiveram início somente na aparência física ou exterior, mas Abraão sentiu-se cativo pela beleza d’alma, a ponto de pedir para que declarasse que tal admiração assemelhava-se ao amor existente entre irmãos. Sara foi a mulher que deu o caráter de continuidade da primeira mãe de todo ser vivente, Eva. Foi ela quem mais se aproximou da magnificência da mulher de Adão. A princípio, chamou-se Sarai, tendo o sentido de “princesa de uma nação”. Por causa de sua grandiosidade, Deus mudou-lhe o nome para Sara, que denota o sentido de “a princesa de todas as nações”. Dois mil anos depois da formação da mãe dos povos, Sara deu seqüência ordenada e ininterrupta ao decurso do tempo que teve início em Eva. Estava posto o novo sustentáculo da humanidade. Ela foi o alicerce da nação de Israel. Todo o povo judeu tem sua ascendência em Sara. Como o modelo de Eva, ela foi a mãe de todos os seres viventes, que precedem a toda a civilização humana. E foi por isso que Abraão amou-a de verdade, e em Hebrom, na terra de Canaã, lamentou, amargamente, sua morte. Não é de se estanhar que Abraão tenha chorado, copiosamente, por essa mulher digna de ser amada. Abraão chorou muito por ela.

Paulo escreveu que Abraão não desanimou na fé, mesmo tendo seu corpo já entorpecido pelo avançar da idade, “pois era já de quase cem anos”; nem tampouco atentou, também, para o ventre enfraquecido de sua mulher, Sara. Ela daria a Abraão o filho tão ardentemente anelado por eles. Depois que recebera a cura de sua esterilidade, o nascimento do primeiro e único filho seria a maior de todas as bênçãos já recebidas de Deus. O fruto de seu ventre se multiplicaria em grandes nações que povoariam toda a terra. Do tronco da princesinha de Canaã proviriam todos os ramos de uma linhagem real, até que dela viesse o Rei dos reis como o seu mais notável descendente. A priori, Sara pareceu não acreditar muito naquela possibilidade. Diz a Bíblia que ela emitiu um sorriso que demonstrou um espírito cheio de dúvida. Achara, talvez, impossível dar a luz a um novo ser, pois, há muito tempo, já havia ultrapassado a barreira da terceira idade. Consentiu que seu marido tivesse um filho com sua escrava, Hagar, cedendo-a a Abraão, para que concebesse dele, como se fosse fruto do seu próprio ventre. Abraão tinha oitenta e seis anos de idade, quando lhe nasceu Ismael, filho da escrava de Sara. Dessa união ilícita nasceu Ismael, filho de Abraão, e não de Sara. Ambos demonstraram pouca paciência para aguardarem, em paz, o cumprimento da promessa, de acordo com o tempo de Deus. A constância e a firmeza devem fazer parte do dia-a-dia de todo o cristão. De repente, talvez, tenha faltado a Sara resistência para submeter-se às pressões do cotidiano sem titubeações. Ser paciente é saber esperar em Deus, conforme escreveu o apóstolo São Paulo aos romanos: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança, e a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.[4] O casal apressou-se em colocar no mundo um filho que pudesse dar continuidade à propagação de seus nobres ideais, a fim de livrar o seu povo da escravidão e do sofrimento. Era mister que o casal permanecesse na expectativa de aguardar o tempo certo de Deus. Sara sentiu-se uma senhora de idade já bastante avançada, e o milagre divino pareceu-lhe tardio e sem solução. A mulher de Abraão não precisava acelerar os acontecimentos. Hagar não seria a mulher modelo sonhado, e Ismael, certamente, haveria de tomar o mal sentido na vida. Ismael era o produto de um ato ilícito e incompleto. Toda vez que o homem procura dar uma mãozinha para Deus e apressar os acontecimentos, atinge-se algo imperfeito, bem distante de tudo aquilo que se pretendia. Tal precipitação poderá tornar-se algo nocivo, para o resto da vida. Quando Deus apareceu a Abraão e confirmou-lhe que sua esposa, Sara, teria um filho que se chamaria Isaque, Abraão estava com os seus noventa e nove anos de vida. Quatorze anos depois do nascimento de Ismael, Deus confirma a sua promessa; pois “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?” [5] De Sara, nasceu Isaque, o filho da promessa. Da posteridade de Isaque haveria de nascer dois reis, que haveriam de submeter, pela guerra, toda a extensão territorial de Canaã. Agora Sara teve motivo suficiente para desabrochar um largo sorriso, fruto de uma aberta alegria. Não há, no mundo, coisa mais gratificante e mais agradável ao espírito, do que o sorriso de uma mulher. Salomão escreveu que “é melhor morar num canto de telhado do que ter como companheira, em casa ampla, uma mulher briguenta”.[6] E o Senhor Deus provou para Sara, que para Ele não existe impossível. Por causa dessa atitude impensada de Sara, talvez, movida por um momento de forte emoção, a história da raça humana teve o seu curso totalmente mudado, diferente daquele que Deus planejara, a princípio. As desavenças começaram a existir naquele lar que tinha Abraão como o cabeça. Pai de dois filhos, de mães diferentes, sentia-se impotente para evitar tanta discórdia. Chegou a ponto de Sara dizer a Abraão: “Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com Isaque, meu filho”.[7] Sara julgava que Ismael não seria companhia ideal para o seu filho Isaque, pois Hagar era de origem egípcia, e por isso trouxera consigo, grande carga de conceitos pagãos que, certamente, foram transferidos ao seu filho, meio-irmão de Isaque. É certo que Abraão sentiu-se melindrado, diante de tal situação. Como atender o pedido de sua esposa amada, sendo que nas veias de Ismael corria seu próprio sangue? De modo indubitável, não poderia entender o extremismo daquela atitude. Colocar no olho da rua o seu filho primogênito, seria pedir-lhe demais. Logo Sara, sua esposa mui benévola, fazer uma exigência tão cruel quanto aquela!? Abraão sentiu-se envolvido por um pavor repentino. Foi buscar uma resposta em Deus. O Altíssimo respondeu-lhe, advertindo-o de que não fizesse mal juízo de Sara: “Porém Deus disse a Abraão: Não te pareça mal aos teus olhos, acerca do moço e acerca da tua serva; em tudo o que Sara te diz, ouve a sua voz; porque, em Isaque, será chamada a tua descendência”.[8] Era Sara quem deveria dar solução a tal impasse. Como mulher, deveria ser a causa decisiva da permanência da harmonia em seu lar. Abraão não estava em condições psicológicas de tomar decisões, pois era pai dos dois meninos. Além do mais, a mulher foi dotada de uma inteligência que lhe é peculiar e que lhe permite visualizar as situações mais confusas, criadas pela realidade da vida. Naquele momento decisivo para Abraão, somente Sara encontrava-se em condições de proceder com autoridade e firmeza de propósitos. Mulher prendada, de qualidades não mensuráveis, esteve sempre ao lado de seu marido, a fim de atender a incumbência de Deus para que fossem para um lugar, totalmente desconhecido. A Abraão, coube-lhe, apenas, a decisão de seguir os conselhos de sua esposa. Para que isso pudesse ocorrer, Abraão deu ouvidos a uma exigência veemente, a ponto de convencer-lhe a abandonar o seu próprio filho, somente provindo de uma mulher, com um juízo de verdade, que não pudesse sofrer contestação alguma. Mulher de temperamento forte, a motricidade fazia parte integrante de seu ser. Ainda que de maneira não muito positiva, Sara pôde mudar o curso da nossa História. Até o presente momento, contemplamos os descendentes de Ismael e de Isaque se digladiando, lá pelas bandas do Oriente. Por que Sara resolveu expulsar Hagar e seu filho de seu lar, com o mesmo vigor, com o qual havia persuadido Abraão a contrair união íntima com a escrava? Ao exigir a expulsão de Ismael e sua mãe, da família de Abraão, Sara já estava visualizando a providência divina, a fim de que seu povo fosse, realmente, uma nação mui especial para Deus. Além do mais, a serva de Sara, com arrogância, a havia enfrentado, não reconhecendo o seu lugar de criada, naquela família. E Abraão “possuiu a Hagar, e ela concebeu; e vendo ela que concebera, foi sua senhora desprezada aos seus olhos”. [9] A escrava vangloriava-se, pelo fato de ter-se engravidado do seu senhor, logo na primeira noite, sendo que Sara, há cinqüenta anos, tentando ter um filho, não obtivera sucesso em seu intento. Esse foi o principal motivo do maltrato de Sara a Hagar, sua escrava, que se viu obrigada a tomar uma decisão tão drástica. Ela, apenas, fez salientar sua posição de esposa legítima e de rainha do lar. Sara não a feriu fisicamente, mas falou-lhe de maneira enérgica, dizendo que seu descendente não herdaria, juntamente, com os indivíduos que se constituíam da descendência da raiz de Abraão.

Pedro disse que Sara era o modelo de esposa que estava submissa ao seu marido, pois o respeitava sobremaneira, chamando-o de senhor. Como companheira, deixou familiares e seguiu a Abraão, a fim de dar crédito ao chamado de Deus a um lugar totalmente desconhecido por ambos.

Sara foi uma mulher que, com sua força, com sua energia moral, com seu impulso feminino, com sua influência sobre o marido, com sua intensidade e seu valor, mudou todo o curso da História humana.


[1] Talmude, Meguilá, 15a.

[2] Livro de Gênesis, capítulo 20, verso 12.

[3] Rabino Aviner, Shelomo. Mulheres da Bíblia, pág. 44.

[4] Romanos, capítulo 5, versos 3 a 5.

[5] Livro de Números, capítulo 23, verso 19.

[6] Livro de Provérbios, capítulo 21, verso 9.

[7] Livro de Gênesis, capítulo 21, verso 10.

[8] Livro de Gênesis, capítulo 21, verso 12.

[9] Livro de Gênesis, capítulo 16, verso 4.

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